segunda-feira, 4 de julho de 2011

Visitando Ouro Preto







Ouro Preto – Antiga “Vila Rica”

Observação Inicial

Uma viagem se torna prazerosa por aspectos muito específicos e particulares, portanto é muito delicado estipular roteiros de viagens... há certos aspectos que agradam há uns e são os mesmos justamente que desagradam a outros. Nesse sentido, as observações a seguir possuem a maneira de pensar, os objetivos/finalidades deste que vos escreve. Insisto com a frase “o melhor da viagem é a viagem”.
Quem quiser conhecer a cidade de Ouro Preto deve estipular um período de 3 a  4 dias , pois num período menor seria muito “corrido”, isso levando-se em conta que a prioridade da visita seja apenas  “cidade histórica”. Exponho assim, porque há um roteiro “natureza” (cachoeiras, trilhas), mas como desconheço esse “tour”, desconsiderarei aqui.

Objetivos da Visita
1 - Conhecer o Centro Histórico – Igrejas, Museus e Minas de Ouro
2 – Visitar Mina de Passagem (subdistrito entre Ouro Preto e  Mariana)

Recomendações importantes

a)      A região apresenta normalmente um clima frio e nublado, chuvas são comuns. Portanto, leve roupas de frio e capas de chuva. Claro, com o auxílio da internet você pode acompanhar a previsão do tempo para os dias pretendidos.

b)      A cidade de Ouro Preto é formada por muitas ladeiras, obrigando o visitante a subir e descer ruas de paralelepípedo constantemente, então, leve sapatos/ tênis confortáveis. Quem pretende aproveitar ao máximo a cidade e dispõe de pouco tempo precisa ter disposição, quero dizer, tem que gostar de caminhar... Andar de carro pela cidade não é recomendável, em virtude do descrito antes.

c)       Ônibus: quem for de ônibus pode comprar as passagens no Tietê, há idas direto para Ouro Preto. Realizei este percurso: a viagem é tranquila, segura, mas é muito desgastante, pois são mais de 10h com poucas e rápidas paradas.

d)      Avião: recomendo esta opção, principalmente pelo custo/benefício. Claro, que seu voo irá até Belo Horizonte, mas não se preocupe, existe uma cia de transporte que realiza a viagem BH – Ouro Preto por um preço acessível. Se por acaso for com um grupo, vale a pena rachar um táxi.

e)      Carro: sinceramente acho uma opção ruim, porque lá na cidade serão muitas as dificuldades com os trajetos, fora a preocupação com a segurança do mesmo durante as noites, apesar da cidade ser muito menos perigosa que numa capital como São Paulo, Rio, etc...

f)       Hospedagem: aqui a observação é relativa. Neste ponto, faço duas dicas...

1 - Pousada – a “Pousada dos Contos” dos contos me agradou muito. Foi um antigo casarão e que mantém características de sua época original, a casa é linda, aconchegante e com ótima vista, claro, se o tempo ajudar...oferece um café delicioso e serviços eficientes. Localizado bem próximo a Praça Tiradentes (central). Fora que há um excelente restaurante no subsolo (o melhor da cidade, na minha opinião).

http://www.pousadacasadoscontosop.com.br/

2-  Albergue “Ouro Preto Hostel” : já me hospedei neste hostel e posso assegurar que o lugar oferece uma razoável hospedagem. Não se trata de um hotel, nem oferece o mesmo serviço da “Pousada dos Contos”, mas garante privacidade, segurança...há quartos individuais e compartilhados, conforme o plano do turista. Localizado no Bairro Antônio Dias, uma área simples, mas está localizada ao lado da Mina de Ouro “Chico Rei” e quase ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Conceição (onde ao lado se encontra o museu do Aleijadinho) http://www.ouropretohostel.com/

Lugares Imperdíveis

A cidade de Ouro Preto deve ser compreendida como um “museu à céu aberto”, os museus em si são fracos e contém poucas obras importantes. Caminhas pelas ruas é algo muito prazeroso e deve ser feito com muita atenção a cada ponto da cidade, lá o que não falta é história!
Dos lugares que visitei os que mais me atraíram foram as Minas de Ouro. Curiosos notar que são pontos pouco visitados e talvez por isso possuem uma infraestrutura de visita muito ruim, mas assim mesmo são os lugares mais interessantes.

Minas de Ouro
Mina do Jeje e Mina do Chico Rei, dois lugares imperdíveis.
A do Jeje possui uma qualidade melhor, conta com exposição e monitoria. Já a do Chico é mais simples, mas todas as duas são seguras e devem ser aproveitadas ao máximo na visita.

Igrejas
É possível visitar todas as Igrejas espalhadas pelo centro histórico. Mas, quem não dispõe de muito tempo ou estiver com outros planos em mente e só desejar as principais, minha dica é visitar: Igreja de Nossa Sra do Pilar ( a mais bonita, seu interior só perde em quantidade de Ouro para a Igreja de Salvador BA), Nossa Sra da Conceição (lá estão os restos mortais do Aleijadinho), São Francisco de Assis e Nossa Sra do Carmo (ao lado há o Museu do Oratório).


Guias Turísticos
Gente, todo cuidado é necessário, mas nessa cidade há muitos guias excelentes e que não são credenciados. Portanto, se for abordado por um morador, de roupa simples e linguajar comum, não se assuste, procure observar atentamente seu comportamento, mas dê um voto de confiança, porque passei um dia inteiro com um morador e o mesmo me apresentou toda a riqueza em detalhes do centro histórico, uma verdadeira aula de arte, história, etc...
Quando visitei a cidade fiz meu registro pelo Twitter, narrando os pontos visitados e minhas observações...vou reexibir aqui alguns trechos...

Relato da Minha Viagem : twittei na época assim (feriado da República – 2010)

Primeiro DIA
Cheguei cansado na rodoviária de Ouro Preto. Chovia...
Deixei as malas na própria estação e iniciei minhas primeiras impressões pela cidade, mal comecei e já estava molhado.
Antes que o desânimo que contaminasse, comprei uma capa de chuva e prossegui observando algumas Igrejas, apenas externamente.
Nossas Senhora de Paula, Igreja de São José, Nossa Senhora das Mercês...foram as primeiras que observei antes de chegar a praça Tiradentes.
Passando pela Praça Tiradentes (ponto central da Cidade) observei as fachadas do museu da inconfidência e a Igreja do Carmo
as ruas são estreitas, paralelepípedos, um grande desafio para quem tentar ir de carro, à pé...haja fôlego! Mas era só o início do início...
Primeira Parada: Mina do Chico Rei
a visita a esta mina foi chocante...antes de mais nada, não encontrei nenhuma pepita...cheguei tarde, uns três séculos quase..rs
todo ouro, ou praticamente todo, está em solo europeu...à custa de sangue e barbárie de milhares de humanos...
Mina do Chico Rei, pertenceu a um ex-escravo do mesmo nome...toda mina fora obra das escavações dos escravos...branco não entrava.
o branco só chicoteava, mas o suor e as vidas eram pagas pelo preto africano, que já trazia experiências das minas da Guiné.
andar pelos corredores, ora em pé e por vezes agachado foi estranho, assustador, excitante e ao mesmo tempo humanizador...
humanizador por resgatar na memória experiências humanas tão sofridas
Nesta mesma Mina a visita não foi monitorada, prejudicando a atividade. Mas o atendimento do Sr. João foi excelente! Serviu-me até a pinga da casa...
após estes pontos, ganhei dinâmina ...ao conhecer o Sr. Gilson
o Sr. Gilson estava em frente a Igreja de Francisco de Assis, olhando,” não dava nada”...mas recebi uma aula inesquecível.
eu o encontrei antes do meio-dia.
Visitamos: Mina do JeJe, Capela do Padre Faria, Igreja Santa Efigênia, Igreja do Pilar (Museu de Arte Sacra) e Igreja Francisco de Assis
e ainda não era 17h.
todo o trajeto à pé, ladeira , ladeira...apenas entre a Santo Efigênia e Pilar decidimos tomar um ônibus.
entre os pontos, todos admiráveis pela beleza e conteúdo histórico, me surpreendi com a Mina do Jeje
resumidamente: um lugar incrível...mais ainda, a exposição do Sr Gustavo...grande conhecedor do local.
após essa passeio 10h - 17h retornei a Rodoviária, peguei as bagagens e fui conhecer o hostels, mais novidades estavam por vir.
A Rua Direita é bem movimentada a noite

Segundo DIA

o roteiro de hoje...durante o café conheci três rapazes cariocas, jovens universitários...
aceitaram meu convite e fomos de táxi visitarmos a Mina da Passagem, fica fora do cidade...mas durou cerca de 15 min.
diferentemente das minas visitadas ontem (chico rei e Jeje) esta mina é industrial, século XX...não fora feita sob à força dos escravos
interessante o percurso até em baixo, num parecido carrinho de montanha russa...descemos muito...
na mina há muitas estruturas geológicas, uma aula viva...pena que no curso de Biologia pouco ou nada dei de atenção às aulas de Geologia
há também locais para mergulho, os andares mais profundos estão submersos...a água não é potável, mas pode-se fazer mergulho...profissional
da Mina da Passagem retornamos ao centro de Ouro Preto - Praça Tiradentres...este ponto é fundamental para localização.
fomos abordados por vários Guias oferecendo almoço-restaurantes...e aceitamos um que fica ao lado do Museu da Inconfidência
Corrigindo...antes do almoço... visitamos a Casa dos Contos - casa da moeda...uma coleção sobre o dinheiro/moeda e sua importância
local interessante...há uma disposição de moedas e notas - acompanhadas de seu contexto histórico
posteriormente ao almoço...Visita ao Museu da Inconfidência - 13h30
Museu da Inconfidência = antiga Câmara e Cadeia, em seguida a Câmara fora transferida ao prédio que também se localiza na mesma praça.
ainda sobre este museu, um ponto negativo = faltou orientação, quem não é do ramo fica "viajando" um pouco...
Museu Escola de Minas = antigo Palácio dos Governadores...curioso que a estátua de Tiradentes fica de costas para ele ... seus inimigos.
das escadarias deste mesmo museu D. Pedro I promete aos moradores (ricos, claro..rs) a Independência.
a estátua de Tiradentes está posicionada de frente à Cadeia (Museu da Inconfidência )- simboliza os ideais do mártir.
pois bem, após Mina da Passagem, Casa dos Contos, Museu da Inconfidência, Igreja Nossa Sra do Carmo, Museu do Oratório, Escola de Minas...
na Rua Direita...rua dos botecos - point das baladas... uma agradável surpresa...a Casa Guinard
quem foi Guinhard? Pintor, excelente artista...conteporâneo do modernismo brasileiro... primeira metade do século XX
brasileiro, formação européria, renasce no Brasil...começa no Rio e é convidado por JK (gov de Minas, na época) ...vive em Minas até a morte
seus restos mortais estão no cemitério da Igreja São Francisco de Assis...filmei esta casa, simplicidade, mas com muitas informações...
de lá...passei em frente a Escola de Pharmácia - a primeira fundada no Brasil
descendo à rua...cheguei a um local interessente...Morro da Forca
ótima vista da cidade...e local de enforcamentos
de lá retornei ao Cemitério - Igreja Francisco de Assis...pra constatar que seus restos mortais estivessem lá, não achei nada..rs (referindo-me a Guinard)
descendo e subindo ladeiras...retornei a Nossa Sra da Conceição - ponto próximo de onde estou - Hostels - dá pra ver daqui da janela. (observado do Hostel Ouro Preto)
tentei filmar o jazigo de Aleijadinho, fica dentro da Igreja...mas não deu nem pra correr o risco, logo me censuraram.
as 17h30 aprox encerrei as visitas.
em dois dias - quinta e sexta - visitei os locais mais importantes, muito mais do que o prevista para este período.
outros comentários...
a cidade é muito calma, tranquila...ainda não presenciei nenhuma ocorrência desagradável.
os principais pontos visitados não pôde ser filmado/ fotografado - Igrejas e Museus
felizmente pude filmas as Minas, cujo valor histórico é inestimável.
compreendo que a Cidade de Ouro Preto é um museu à ceu aberto.

Além dos lugares, as pessoas...
Fiquei emocionado com os lugares, mas o passeio valeu também, especialmente, pelas amizades que fiz...fora as bagunças nos bares e tal...
Conheci uns rapazes cariocas e juntos aprontamos um bocado com outras galeras...valeu mais que a pena...meninas de Catalão, meninas do Rio, meninas de BH, mulheres, na verdade, rapazes alegres, uma turma inesquecível! Que as paredes do Barroco (bar da Rua Direita) conte!









domingo, 5 de junho de 2011

Em Sampa: circuito "Estação da Luz" - tour de 4 horas aprox.

A cidade de São Paulo oferece muitas atrações turisticas: restaurantes, parques, bares, baladas, locais específicos para compras, etc... Tem para todos os gostos. No entanto alguns lugares passam desapercebidos pelos visitantes e até mesmo para os próprios paulistanos.
Sempre quando recebo algum conhecido, costumo realizar um passeio por uma parte pouco apreciada, mas que valorizo por inúmeras razões, especialmente pelo seu conteúdo histórico.

O ponto de partida é a Estação da Luz, pode-se chegar nela de metrô ou trem, dependendo de sua localidade. 

A partir daí todo o roteiro é realizado à pé mesmo, todos os pontos ficam um ao lado do outro.

1 - Estação da Luz:

 A estação foi construída no fim do século XIX com o objetivo de sediar a recém-criada Companhia São Paulo Railway, de origem britânica, assim como de se constituir na parada paulistana de sua linha ferroviária, a qual ia de Santos, no litoral do estado, a Jundiaí, no interior. Nas primeiras décadas do século XX, foi a principal porta de entrada à cidade de São Paulo. Sua maior importância, no entanto, era na condição de infra-estrutura econômica para o país: por ali passava o café a ser exportado no porto de Santos, assim como também ali chegavam bens de consumo e de capital importados que abasteciam a cidade (em uma fase ainda pouco industrializada).



2 - Museu da Língua Portuguesa:

Instalado no complexo da Estação da Luz, o museu se destaca dos demais pela interatividade que mantém com os visitantes. Exposições, filmes e cenários sempre destacando grandes autores e obras da literatura brasileira. Vale a pena. O passeio é dinânico e além de não ser cansativo o visitante nem percebe o tempo passar.




 3 - Parque da Luz

Em 1798, o Parque da Luz foi inaugurado como Jardim Botânico. Depois de reformado, foi inaugurado em 1825 como o primeiro jardim público da cidade. Dez anos mais tarde, o presidente da província Rafael Tobias escrevia em seu relatório: "Continua-se a trabalhar no Jardim estabelecido nesta cidade; ainda que seja uma despesa que mais toca ao agradável do que ao útil, não se pode dispensar, uma vez que ele já serve de recreio aos cidadãos em certos dias, e não é conveniente abandonar uma obra começada, perdendo-se o que está feito". 
Com a degradação da região central da cidade, partir da década de 1970, o Jardim da Luz ficou praticamente entregue à prostituição, tráfico de drogas, contrabando e outras atividades criminosas. A população afastou-se do local, considerado perigoso. No final da década de 1990, entretanto, o governo assumiu a recuperação do Jardim da Luz. O coreto foi restaurado, bem como o lago e os caminhos. O lugar recuperou o seu caráter público; ali crianças, jovens, namorados e idosos podem esquecer o tumulto da cidade e realizar um agradável passeio entre árvores majestosas e esculturas de artistas brasileiros.
Uma ótima parada para um pique-nique!


4 -  Pinacoteca do Estado:
 
É o museu de arte mais antigo da cidade e certamente um dos mais importantes do país. Nasceu no prédio inicialmente construído para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Por isso, a história da Pinacoteca confunde-se em seus primórdios com a implantação do Liceu, e sua presença no edifício – conturbada por uma série de eventos históricos, como os conflitos de 1930 e 1932, além de reformas – alternou-se com transferências temporárias para outros locais, como o prédio da Imprensa Oficial e o pavilhão no Ibirapuera.
 
5 - Estação Pinacoteca (Memorial da Liberdade):

Construído em 1914, o edifício atualmente ocupado pela Estação Pinacoteca foi concebido para abrigar armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana que, com seus 108 quilômetros de extensão, interligava São Paulo a Sorocaba. Com a conclusão, em 1938, de novas instalações da companhia ferroviária, o edifício, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, foi colocado à disposição do Estado. Após reformas, o edifício passa, em 1939, a abrigar o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops) de São Paulo, órgão de repressão política que teve o ápice de suas atividades durante o regime militar (1964-1985). Após o fim do regime e a extinção do órgão, o edifício passa a abrigar a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), até 1997, quando seu controle é transferido para a Secretaria de Estado da Cultura. Por sua importância histórica e arquitetônica, o prédio é tombado como um bem cultural, em 1999, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Visita obrigatória! 


 

6- Sala São Paulo:

O imponente edifício da Estrada de Ferro Sorocabana abriga hoje a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e uma das mais importantes casas de concertos e eventos do País. Existem visitas monitoradas gratuitas.
 


http://www.osesp.art.br/portal/paginadinamica.aspx?pagina=asalasaopaulo

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Observações Importantes: Aos finais de semana a região fica muito calma comparada a "loucura" e agitação em dias úteis. Por outro lado, infelizmente a área não oferece tanta segurança, ainda é comum observar prostituição e usuários de drogas pesadas (crack - a Crackolândia fica bem próximo). Mesmo assim, valendo-se de cautela, como em qualquer metrópole, o turista terá horas muito agradáveis visitando estes pontos sugeridos, pois além de serem facilmente acessíveis os preços das entradas são populares. Entretenimento e aprendizado garantido!

Horário recomendado: Procure chegar na Estação da Luz por volta das 10 h. Todo o passeio levará no máximo 4 horas, considerando somente as visitas (monitoradas em alguns casos). Antes de ir procure se informar quanto aos espetáculos na Sala São Paulo e/ou exposições temporárias nos demais acervos e locais. Consulte os sites.

Sugestão para o almoço: Após o passeio certamente "baterá aquela fome"! Portanto, a dica que sugiro é, primeiro, ter um pouco de paciência e seguir os estes passos...
 
a) Reembarque na Estação da Luz ( Linha Azul - Metrô)
b) Sentido Jabaquara
c) Desembarcar na próxima estação "Estação São Bento" (saída "Ladeira Porto Geral)
d) Caminhar até o Mercado Municipal
 
Mercado Municipal
 
Visita obrigatória para turistas de todo o Brasil e de outros países, o Mercado Municipal Paulistano é um dos mais tradicionais pontos gourmet da cidade. E não é para menos. No Mercadão, como é carinhosamente conhecido pelos seus frequentadores, é possível encontrar uma grande variedade de alimentos – de verduras e legumes fresquinhos, passando por carnes, aves, peixes e frutos do mar de todo o tipo, a massas, doces, especiarias e produtos importados de primeira linha. Isso sem falar no espaço gastronômico, que oferece a oportunidade de degustar saborosos pratos ali mesmo, enquanto se aprecia a beleza arquitetônica do Mercadão.
 
 
 
http://www.mercadomunicipal.com.br/index.php?page=home
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Desconsiderar as informações ao lado do mapa acima!


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domingo, 22 de maio de 2011

primeiro o dever, depois a diversão...

Antes da Aventura em Julho, farei uma visita a mais bela entre as belas cidades do mundo...Óbvio que me refiro a antiga capital brasileira: Rio de Janeiro. Todas as minhas visitas por lá foram maravilhosas, cada uma com sua emoção específica. Agora, precisamente no próximo feriado (22 de Julho) terei o dever de conhecer mais ainda esse lugar tão por mim especial... Serei recebido e hospedado por um anfitrião especial. Contarei os detalhes, passo a passo, durante a viagem...

Missão Julho: Montevideo, Colonia, Buenos Aires e Bariloche!

No dia 8 de Julho começarei minha aventura pelo sul da América do Sul, ver neve de perto será a primeira vez... espero ter paciência e disciplina para registrar os encontros, desencontros e toda a emoção nesses lugares. Começarei por aqui:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

vida longa aos cusqueños: preservar também é preciso!

Duvido que encontremos um povo mais acolhedor e amistoso quanto aos moradores daquela que um dia se pensou ser "o umbigo do mundo": a saber, Cuzco, em especial, seu povo, os anacrônicos cusqueños.
Não é de se estranhar que o termo anacrônico seja normalmente adotado de um modo pejorativo, na maioria dos casos para ferir a honra de um povo ou de alguém indiscriminadamente. Pois, num mundo em que o "ontem" virou notícias de "anteontem", em que as pessoas de mais idades são tratadas como sapatos velhos e portanto condideradas descartáveis, enfim, nesse contexto, ninguém quer ser rotulado de anacrônico.
Mas o uso aqui adotado remete a outro sentido, somada, é bem verdade, a uma pretensão provocativa. Afinal, nem toda a mudança deve ser saudada. Certos valores como a prática do acolher bem aquele que chega de outra parte, o permitir ser amigo e parceiro, ainda que as distâncias culturais a princípio dificulte, mas que nunca represente qualquer espécie de preconceito e/ou xenofobia, são expressões de vida que precisamos preservar ou em alguns casos germinar. Nessa matéria, os cusquenõs são mestres.
Estive em Cuzco por quase sete dias. Sim, não são sete anos (como "aquele" que visitou o Tibet), mas foi o suficiente para perceber que uma cidade se torna especial não apenas por seus monumentos, museus e outros atrativos, mas pela forma como seu povo se trata e recebe seus visitantes: em Cuzco me senti como se estivesse no quintal de minha casa!
Se para o forasteiro falta-lhe o ar para suportar as suas longas escadarias, do mesmo modo que, se os impactos imediatos de sua altitude apequena seu visitante, seu povo, em contra partida, aquece os corações daqueles que a encontram e nos faz crêr que em meio a esse "trem desgovernado" que se tornou o mundo, existe um povo que insiste em querer preservar um determinado viver (que só é passado para aquele que não o compreende), uma gente que não desiste de pedir "paciência"...e que um "Holá amigo!" não pode ser usado como uma mera expressão rotineira.
Espero que este mundo ainda pague a devida  "propina"  que deve para esta gente!





segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quando se perde também se ganha...


Aproveitando esta etapa que considero introdutória sobre este último e mais importante mochilão realizado até aqui, quero deixar uma nota triste dessa maravilhosa viagem.
Evidente que nessa aventura houve uma anseio particular, simples vontade de conhecer por prazer pessoal, como motivo de descanso e/ou forma de escapar do caos da rotina. Mas, além do meu umbigo, havia o interesse em compartilhar toda esta experiência com meus alunos.
Claro que está possibilidade não se esgotou, porém, após o roubo do meu laptop (com todos os vídeos das viagens), praticamente na etapa final do roteiro, as exposições que farei tanto aqui quanto em sala de aula ficarão profundamente prejudicadas.
Tudo transcorria perfeitamente, muito além das expectativas, passavam-se mais de 25 dias e nada de errado ou de desagrado significativo havia ocorrido nos percursos. Pelo contrário, as pessoas, os lugares, os momentos, tudo, a cada dia só melhorava.
Talvez por isso, me sentido tão seguro e feliz (somado ao cansado físico e emocional) cometi a negligência de deixar a mochila na parte de cima do meu assento, naquela que seria a última viagem de ônibus de toda uma longa série. Sem que eu notasse abriram a minha mochila e roubaram o laptop. Após percerber o fato entrei em desespero, tristeza, fiquei mais do que furioso. Pensei, minhas férias terminaram...
No entanto, no dia seguinte, após o apoio dos familiares, dos amigos, percebi que esta perda não poderia me magoar a ponto de me desinteressar pela viagem. É certo que não filmei mais nada, não havia motivação e condição para tal, contudo, a viagem deveria continuar no mesmo ritmo alegre, sereno e especial. Assim continei, com a certeza que guardarei mais os sorrisos que as decepções.
Se roubaram a máquina, esqueceram de levar o que guardo comigo, no meu verdadeiro disco rígido, que não se apagará com a minha morte, mas somente quando estas lembranças ficarem perdidas para sempre entre as pessoas.
Infelizmente não apresentarei nenhum vídeo, mas como consolo, na verdade, como um grandioso consolo, poderei contar com o inestimável trabalho de meu companheiro, o fotógrafo Caio Sousa, que registrou tão bem nossos principais momentos.
Fica a lição para a próxima viagem...Por mais que a situação seja favorável... "um olho no peixe outro no gato" e "canja de galinha não faz mal a ninguém"...atenção!


ao Sr. Henry: mestre inesquecível! (mais homenagens)

Serei incapaz de mensurar o quanto este menino foi especial nesta viagem. Mas tentarei...
Passamos um dia inteiro juntos caminhando pela belíssima Cuzco. Apontando cada detalhe, informando-me das riquezas incas, o jovem Henry demonstrou conhecimento sobre uma época tão remonta, me lançando numa viagem no tempo...narrou sobre guerras, reis, trabalhadores antigos, culturas admiráveis, e muito mais do que isso, sintetizou o melhor de um país, onde mesmo contendo profundos problemas sociais, possui riquezas incalculáveis.
Henry foi um surpresa encantadora. Me abordou, simples, com sua caixa de engraxate... (existem filósofos que vivem como engraxates e engraxates que vivem como filósofos...!) Caminhamos pelo centro, pelas ruínas...ele sempre sorridente, compartilhando tudo...nada escapava ao seu olhar: uma simples árvore, uma calçada...bastava para começar um nova explicação. Morador de uma região afastada do centro, de família pobre, trabalhava todos os dias para ajudar no orçamento familiar: relatava sobre sua vida, seus pais e irmãos sempre com alegria...Me pediu em troca apenas uma "pelota", eu lhe dei camisas de futebol e dinheiro e ele se comprometeu em entregá-lo aos seus pais.
Henry você é uma criança incrível e meu sonho é reecontrá-lo. Eu lhe disse pra estudar, trabalhar e juntar "prata" e quem sabe (oxalá) me visitar no Brasil.
De tudo que me ensinou, nada fora mais importante do que toda a TERNURA e o seu CARINHO dedicados a mim.
Obrigado, meu professor! (amigo...)